Organização participou de evento do Estadão tratando das redes sociais e o direito à livre manifestação
A ARTIGO 19 Brasil e América do Sul esteve em Brasília/DF no último dia 29 de abril para participar do Fórum Liberdade de Expressão, evento comemorativo dos 150 anos do Estadão. Os painéis foram gravados e estão disponíveis na íntegra no YouTube.
Paulo José Lara, codiretor executivo da ARTIGO 19, participou do último painel do dia, “Redes Sociais e o Direito à Livre Manifestação”, ao lado de Orlando Silva, deputado federal pelo PCdoB-SP, Pedro Henrique Ramos, do Reglab, e Roseann Kennedy, colunista do Estadão. Assista ao vídeo completo deste painel em nosso YouTube.
“O Brasil precisa admitir que tem problemas com a liberdade de expressão, que tem problemas de violação da liberdade de expressão. Como um país da periferia do capitalismo, não é esse paraíso das manifestações e da expressão que muitas pessoas acreditam. Isso é importante para a gente diagnosticar como lidar com as questões que se apresentam hoje em dia”, disse Paulo em sua introdução à discussão da liberdade de expressão no Brasil.
Sobre o contexto atual das redes sociais, afirmou que “a gente vive no que eu gosto de chamar de capitalismo info-financeiro. Ele é baseado numa expropriação das expressões e manifestações tão violenta quanto foi o apagamento e a memória das camadas mais populares da população que tiveram menos acesso aos meios de comunicação. Mas ele é mais sutil, porque ele vende a ilusão de acesso, participação, liberdade de expressão e de empreendimento. Esse é o contexto que as redes sociais nos mostram hoje em dia”.
A ARTIGO 19 Brasil e América do Sul entende como fundamental defender a liberdade de imprensa e de expressão como forma de aprofundar a democracia e garantir os direitos humanos. Em relação aos mercados digitais, advogamos pela regulação econômica das plataformas digitais, desagregação de serviços de hospedagem e curadoria, e outras medidas para promover mais diversidade na rede.
Saiba mais em nossa publicação “Domando as big techs”.