Moradores da favela do Moinho, submetidos a uma política de remoção do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) no centro de São Paulo, foram fotografados sem consentimento por policiais militares na última terça-feira (22/3), quando davam entrevista à imprensa no local. A Ponte registrou o momento em que um dos agentes enviou imagens dessas pessoas, contrárias à saída da comunidade nos moldes atuais, para um grupo no WhatsApp intitulado “Olho de Águia — Operações”.
O nome do grupo remete a um sistema de vigilância da Polícia Militar paulista (PM-SP) que, conforme revelou a Ponte em 2017, incluía o armazenamento de fotos de manifestantes. A reportagem questionou a Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) se ela mantém esse tipo de banco de dados, mas não obteve retorno. A falta de transparência do programa é criticada por especialistas.