Dudu Ribeiro, da Iniciativa Negra para uma Nova Política de Drogas, acredita que o problema está enraizado na lógica global da guerra às drogas, e que Big Techs como a Meta cumprem um papel decisivo na disputa de narrativas, que pode acarretar em danos permanentes:
“O controle da narrativa hoje se dá a partir de algoritmos. Há uma lógica de violência colonial global e as Big Techs cumprem um papel nesse processo. Eu acho que o resultado disso a gente vai ver nos contextos de censura de páginas, mas vai haver uma participação maior ainda dessas Big Techs em processo de garantia de um modelo de guerra às drogas que afete com sangue e consumo global.”
Já Raísa Ortiz Cetra, diretora do Artigo 19, uma organização internacional que atua em defesa da liberdade de expressão e acesso à informação, acredita que os desafios são estruturais e partem de uma “interface politicamente complexa”:
“Os casos que vocês têm vivido como movimento está muito próximo também ao que a gente escuta do movimento pró-aborto e de outros movimentos que lidam com uma interface politicamente complexa. Esta lógica tem um sinal de alerta muito grande, porque facilmente se conecta com uma tendência que as plataformas já têm, por seu alinhamento político com a extrema-direita, de moderar conteúdo do campo político progressistas, que são facilmente atribuíveis a conteúdos ilegais.”
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