A ARTIGO 19 Brasil e América do Sul apoiou e esteve presente na 3ª Conferência de Jornalismo de Favelas e Periferias, organizada pelo Fala Roça e em parceria com a Agência Mural, que ocorreu entre os dias 30 de outubro de 1º de novembro na Bibilioteca Parque da Rocinha, na Rocinha, no Rio de Janeiro/RJ.
Ao longo de três dias de atividades, o evento com o tema “Justiça climática paras as favelas e periferias” reuniu jornalistas e comunicadores dessas regiões para discutir e desenvolver práticas jornalísticas que promovem o empoderamento e a representação desses territórios, além de conectar a comunicação comunitária ao debate global sobre emergências climáticas e sociais.
“Em um ano de COP 30, o evento conecta o jornalismo periférico às discussões globais sobre justiça climática, propondo soluções concretas que partem das comunidades, com foco nas vozes que vivem e constroem cotidianamente alternativas sustentáveis nos territórios”, afirma Monique Silva, gestora do Fala Roça.
A co-diretora executiva da ARTIGO 19, Raísa Cetra, participou da mesa “Como as iniciativas de jornalismo podem acessar a filantropia?”, ao lado de Fabiana Sousa, da Fundação Itaú, Luiz Gustavo Costa, da Fundação Konrad Adenauer (KAS) e Daiene Mendes, do Fundo de Apoio ao Jornalismo (FAJ). Caê Vatiero, assessor do programa de Proteção e Participação Democrática (PPD), também contribuiu para a programação do evento com uma oficina sobre proteção, segurança e cuidados integrais.
Além dessas participações, a ARTIGO 19 contribuiu ao evento com protocolos de segurança e apoio logístico devido aos desdobramentos do massacre realizado pela Operação Contenção, que ocorreu dois dias antes do evento nos complexos do Alemão e da Penha.
“Neste momento difícil, de muita dor e luto, reafirmamos nosso compromisso com a luta pelos direitos humanos e a promoção de vozes historicamente silenciadas. Realizar um evento desta natureza, diante deste cenário, evidencia como o jornalismo local tem um papel fundamental na promoção da democracia e de outras narrativas que não criminalizem, e potencializem, as vidas periféricas e faveladas”, disse Raísa Cetra.
