Entre os dias 17 e 20 de janeiro, pessoas de várias regiões do Brasil participaram de um encontro sobre redes comunitárias. O evento é uma parceria entre ARTIGO 19, a Casa dos Meninos e a Rádio Libertadora do Capão, que sediaram as atividades na zona sul de São Paulo.
As atividades começaram com um diálogo sobre redes e internet, contemplando aspectos técnicos e políticos das alternativas de conectividade que existem hoje em dia. No terceiro dia de oficina, o grupo fez a instalação e configuração de uma infraestrutura de rede, com roteadores e um servidor local, possibilitando também serviços locais independentes de conexão com a internet.
Houve uma preocupação em garantir que as discriminações de gênero, raça e classe que afastam certos grupos das interações sociais com a tecnologia não se refletissem na atividade, que buscou reunir diferentes perspectivas para trocar saberes e práticas sobre redes autônomas e comunitárias, fortalecendo essa agenda no Brasil.
Redes comunitárias, o que são?
Uma rede comunitária é uma forma de conectividade que busca suprir de forma indenpente e com baixo custo a falta de interesse comercial ou de infraestrutura de qualidade em certas regiões, geralmente de periferias urbanas ou áreas rurais. A rede pode ser tanto local (intranet) quanto conectada a internet. Pode ser compreendida como uma infraestrutura de comunicação popular, aberta, descentralizada e gerida pelos seus próprios usuários – ou seja, definida pela apropriação popular da tecnologia, pela ausência da orientação por lucratividade, pela autogestão compartilhada e participação popular.
Confira fotos do encontro na Casa dos Meninos:
Fotos: Julia Cruz/ ARTIGO 19 (reprodução livre)