As agressões e crimes contra jornalistas são uma realidade refletida nos rostos região e deixam muitos vestígios. Essa complexidade é retratada e discutida no Relatório Anual de 2012 da Impunidade: Rostos e Rastros da Liberdade de Expressão na América Latina e no Caribe, apresentado na Cidade da Guatemala por IFEX-ALC, em um evento co-organizado com a organização local CERIGUA.
O lançamento do relatório coincide as atividades do Dia Mundial Contra a Impunidade, lançado em 23 de novembro do ano passado, para comemorar o aniversário do massacre de Ampatuan, que ocorreu nas Filipinas, em 2009, quando jornalistas e 32 mídia foram mortos, um dos mais horrível assassinato em massa na história recente.
O relatório IFEX-ALC, além dos contextos social, policial e judicial em que cocorrem os fenômenos de violência contra jornalistas e impunidade, também expõe para cada país um caso histórico de impunidade. O caso brasileiro eleito foi de Luis Carlos Barbon, que supostamente foi solucionado,julgado e executante presos, mas obviamente segue impune, já que ainda há necessidade da viúva do jornalista fazer parte do programa de proteção à testemunhas.
Os 16 parceiros do IFEX-ALC – instituições em cada país da América Latina e do Caribe que defendem a liberdade de expressão e informação – relataram que na América Latina, a partir de Janeiro de 2010 até Setembro de 2012, 74 jornalistas foram mortos, e que em apenas 8 casos, os agressores foram condenados; 431 jornalistas receberam ameaças de morte e ataques físicos contra jornalistas têm sido perpetrados pelo menos 878 vezes. Além disso, 120 jornalistas foram levados a tribunal por causa de suas publicações.
No Brasil, pelo menos 6 jornalistas foram mortos em 2012 pelo exercício da liberdade de expressão.
Veja o relatório completo aqui: http://ifex.org/americas/alc/es/impunidad2012/