Em São Paulo, os protestos marcados para o primeiro dia da Copa do Mundo no Brasil foram reprimidos pela polícia nos primeiros quinze minutos, quando muitos manifestantes ainda chegavam à concentração, marcada na entrada da estação de metrô Carrão.
A polícia revistou a todos que chegavam pelo metrô, verificando mochilas e pertences pessoais. Segundo informações, estações que precedem a estação Carrão foram bloqueadas pelos agentes militares para impedir o acesso dos manifestantes à concentração do ato.
Uma barreira de policiais com escudos e armas de menor letalidade dispersou os manifestantes com tiros de bala de borracha e bombas de gás lacrimogêneo. Dois repórteres que cobriam o ato, inclusive uma repórter internacional da CNN, foram atingidos no conflito, além de outros manifestantes que também foram feridos. Antes das 11 horas da manhã, três manifestantes já haviam sido detidos.
Com a dispersão do ato, muitos manifestantes se uniram ao protesto organizado pelo sindicato dos metroviários, organizado na sede da categoria. Os agentes do Choque seguiram o mesmo caminho e a truculência policial continuou. As informações são de que há manifestantes feridos dentro do prédio do sindicato. A polícia continua com as ações de dispersão dos manifestantes que estão em frente ao sindicato e se prepara para entrar no prédio a qualquer momento.
Desde os protestos de junho de 2013, é perceptível a intensificação do uso desmedido das forças de segurança do Estado como forma de repressão a essas manifestações. A ARTIGO 19 repudia atos de repressão e violência policial que visam impedir a liberdade de expressão dos manifestantes. É imprescindível que um país democrático encontre espaço para que todas as opiniões de seus cidadãos sejam expressadas.
Crédito: Helio Augusto